CURSO ATUAL

por Marcelo S. Norberto

Foucault e a ordem do discurso: limites, controles, dinâmicas

Este curso online, em parceria com o Instituto de Psicologia e Arte (IPA), debate os limites, os controles e as dinâmicas em torno dos discursos. A partir do pensamento do filósofo francês Michel Foucault, tendo como base a obra “A ordem do discurso” (1970), vamos discutir analisar como o discurso não é um instrumento neutro nem autônomo, mas partícipe da cultura que o suporta, contemporâneo ao processo de formação humana e, por fim, expressão de nosso tempo presente. Não é necessária qualquer formação prévia para participar do curso.

CARGA HORÁRIA

30 horas
15 encontros semanais ao vivo
Plataforma Zoom
Com disponibilidade das gravações das aulas

Dia da semana: Quartas-Feiras
Horário: de 19h00 às 21h00
Duração: de 12 de Março a 25 de Junho de 2025
Valor: 4 parcelas de R$ 300,00. 

Fornecimento de certificado de conclusão do curso

SOBRE O CURSO

O curso é voltado para o público em geral, sem exigência de qualquer formação ou conhecimento prévio. Serão 15 encontros online e ao vivo, de 2 horas de duração cada, com a disponibilidade das gravações de cada encontro, através da Plataforma Zoom, e fornecimento de certificado.

Estrutura do Curso

“A ordem do discurso” é o livro que registra a aula inaugural do filósofo francês Michel Foucault no Collège de France em 1970. No livro, Foucault defende que nenhum discurso é desvinculado de limitações, de controles ou de resistências constitutivas. Assim, “a ordem do discurso” aponta para o fato de que ninguém fala tudo que quer, na forma que acredita ser unicamente sua e no momento exato que acredita ser derivado de sua autonomia. Todo discurso está inserido em um conjunto de relações que o antecede e o mantém.

Alheio à tradição que identifica no discurso um instrumento da subjetividade e refratário à corrente que se apropria do discurso através de uma hermenêutica strictu sensu, Foucault encontra nele a atuação de práticas e intervenções institucionais e de todo um complexo regime de exclusões internas e externas a ele. Dito de outro modo, o discurso nem é um instrumento neutro do sujeito nem um efeito passivo da cultura: o discurso é, ao mesmo tempo, um testemunho da realidade em que está inserido e, também, um efeito imprevisível do enlace entre a produção da subjetividade e a dinâmica de uma cultura.

Além disso, “A ordem do discurso” também se constitui como um vértice extraordinário da mudança no pensamento foucaultiano, do método arqueológico, cujo o ápice é As palavras e as coisas, de 1966, para uma abordagem genealógica, mais evidente em Vigiar e punir, de 1975, A ordem do discurso permite articular os dois momentos do pensamento do autor, deflagrando seu horizonte de trabalho e abrindo espaço para uma reflexão que discute a subjetividade, para além de um racionalismo objetificante, e nosso tempo, para além de uma apropriação esquemática.

Pensar o discurso desta maneira, visa a análise de temas como o da crítica do sujeito e o da problematização do conceito de verdade, nos remetendo a uma contemporaneidade devedora tanto de Nietzsche quanto de Freud na formação de uma visão de mundo crítica, tendo o discurso como elemento fundamental da constituição do sujeito e suas repercussões tanto no campo ético quando na dimensão terapêutica.

 

Video sobre o lugar da obra “A ordem do discurso” de Michel Foucault (26 minutos)

SOBRE O PROFESSOR

Marcelo S. Norberto, Doutor em Filosofia, é professor e pesquisador (CCE/PUC-Rio) e pesquisador pós-doc da Escola de Humanidades (PUCRS). Tem trabalhos publicados sobre Filosofia Francesa Contemporânea, com ênfase em Ética e Filosofia Política. Autor de “O drama da ambiguidade – a questão da moral em O ser e o nada” (Edições Loyola/2017), é co-organizador de “Sartre Hoje – 2Vol” (Editora Fi/2017), “Sartre e a política” (Editora PUC-Rio e Via Verita/2019), “Sartre e a Estética” (Editora PUC-Rio e Numa Editora/2021) e “Sartre e a Ética” (Editora PUC-Rio e Numa Editora/2022). Coordena também a coleção luso-brasileira “Fenomenologia e Cultura” (Nau Editora, Editora PUC-Rio, Documenta PT). Também é um dos coordenadores do Curso de Formação em Psicologia Existencial do IPA/RJ e do Ciclo de encontros Internacional “Subjetividade e Cultura” (PUCRS).

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