Leitura comentada do livro “As palavras e as coisas”, expondo o método arqueológico de Foucault e sua interpretação da história. Também debateremos sua análise sobre a questão do homem e apontaremos seus reflexos nas obras posteriores de Foucault, especialmente sobre o estudo do poder e da verdade.
CARGA HORÁRIA
15 encontros semanais
Quartas-feiras, das 20h às 22h
Total de horas: 30h (15 aulas)
Dia da semana: terças-feiras
Horário: de 19h30 às 21h30
Início do curso: dia 18 de Agosto de 2020.
SOBRE O CURSO
O curso pretende capacitar seus participantes (estudantes de filosofia ou interessados no tema) a terem um conhecimento panorâmico da obra, que marca o que se convencionou chamar de método arqueológico em Foucault. O primeiro passo será uma apresentação geral da filosofia de Foucault, sua inscrição na tradição filosófica e a novidade que representa no pensamento francês do século XX. Depois, aprofundaremos o estudo, discutindo os autores que o influenciaram: Canguilhem, Lévi-Strauss e Nietzsche.
Em seguida, já dentro do pensamento exposto no livro, analisaremos os três recortes históricos trabalhados no texto a partir das obras de artes utilizadas por Foucault: o Renascimento (o livro “Dom Quixote de la Mancha”), a Época Clássica (a pintura de Velázquez) e a Modernidade (a poesia de Mallarmé).
Posteriormente, tendo uma compreensão do livro, ingressaremos na discussão final contida em “As palavras e as coisas” sobre a noção de homem: sua pertinência, sua inscrição histórica e suas consequências na cultura. Este debate em torno do sujeito, do humanismo e de seus desdobramentos culturais, nos permitirá chegar no último estudo do curso: o impacto contemporâneo do pensamento de Foucault e de sua influência em filosofias como as de Judith Butler e Giorgio Agamben, na tentativa de realizar um diagnóstico do presente.
Desde seu lançamento, em 1966, “As palavras e as coisas”, de Michel Foucault, fascina seus leitores por uma rara mistura de erudição e de pensamento novo. De sua antológica leitura do quadro “Las Meninas” de Velázquez, que abre o livro, à discussão em torno do alquimista renascentista Paracelso, passando pela distinção proposta entre Adam Smith e David Ricardo, o livro causou fortes reações tanto na direita cristã quanto na esquerda marxista. Em seu livro, Foucault propõe uma análise sobre o surgimento das ciências humanas, a partir de uma compreensão de História que contraria duas tradições filosóficas: a fenomenologia e a herança hegeliana.
TÓPICOS DAS AULAS
- Nietzsche e o estruturalismo: Influências teóricas para a construção de um novo pensamento filosófico.
- A noção de episteme: ordem e espaço em uma história não-dialética.
- A semelhança: Dom Quixote e o pensamento renascentista.
- A representação: Velázquez e a época clássica.
- A história: Mallarmé e a modernidade.
- O par empírico-transcendental de Kant: surgimento e declínio do homem.
- O presente: como pensar nosso tempo?
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